O prato Flux explora a relação entre design, tempo e comida, propondo uma abordagem cinética para a experiência gastronômica. Aqui, o tempo deixa de ser um pano de fundo e se transforma em protagonista, integrando o ato de degustar a uma coreografia sensorial. O movimento se manifesta tanto ao servir quanto ao comer, criando um diálogo contínuo entre os sentidos e a imaginação, especialmente a dos chefs, que encontram no Flux um palco para expressar sua criatividade.

Com inspiração formal profundamente arquitetônica, o Flux sugere uma “topografia gastronômica”, onde o alimento é apresentado em um vazio projetado – uma esplanada delicadamente esculpida, que confere uma escala poética e reverente ao que é servido. Esse vazio evoca as linhas sinuosas e emblemáticas do traçado de Niemeyer, homenageando sua visão fluida e expansiva.

Um canal levemente inclinado percorre o prato, permitindo que molhos e caldas fluam e envolvam os alimentos como uma nascente que deságua em um lago, formando pequenas ilhas. Esse movimento líquido intensifica a experiência visual e gustativa, transformando cada refeição em uma celebração sensorial. O prato Flux é, assim, uma fusão entre design e gastronomia, onde a funcionalidade encontra a poética, criando um objeto que não apenas serve, mas inspira.

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